Informativo: Aos pais e Educadores Cristãos.
A importância dos pequeninos, ressaltada ao longo das Escrituras, encontra sua maior expressão na boca de Jesus, ao dizer: “Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele.”(Mc 10.14-15).
Quando entramos em contato com crianças, nos achamos em uma via de mão dupla. Por um lado, precisamos delas para moldar nossa fé. Por outro, elas precisam de nós para permanecer na mesma fé. Muitas lições podem ser retiradas a partir do texto acima. Ressaltaremos aqui duas.
Seqüestro e martírio
Primeiro: a criança é dependente. É necessário que alguém cuide dela, providenciando-lhe alimento, abrigo, educação e atenção emocional. No contexto da fala de Jesus, as crianças não vão até Cristo por conta própria. Elas são levadas por seus pais. Ser dependente significa que a criança não tem condições de cuidar de si mesma. É uma lição essencial para quem deseja habitar no Reino de Deus: saber que Ele, o Rei e Pai, é quem cuida de nós, e não nós mesmos. Uma verdade que sabemos bem quando crianças, mas que acabamos esquecendo ao crescer e “assumi” o controle da nossa vida.
No contexto da Igreja Perseguida, depender de Deus é a regra. Em alguns países islâmicos, como no Paquistão e no Egito, garotas cristãs são seqüestradas, estupradas e convertidas à força ao islamismo. Uma vez muçulmanas, não podem mais voltar à guarda de seus pais, pois a lei não permite que um cristão tenha a guarda de um muçulmano. As meninas? São escravas da família que as seqüestrou. De quem elas dependem, nessas circunstâncias? Na Colômbia, não são poucos os casos de crianças raptadas pelas guerrilhas e grupos militares. Elas são transformadas em escravas sexuais e em pequenos soldados. A quem vão recorrer nessas condições? Infelizmente, o isolamento a que essas crianças são submetidas nos impede de saber as respostas.
Outras crianças não são vítimas diretas da perseguição. São os filhos daqueles feitos mártires e prisioneiros por causa da fé em Cristo. Sua situação, que já é triste, fica pior se o alvo da perseguição tiver sido o pai. Nas sociedades orientais, geralmente o homem é o mantenedor da casa. E quase nunca a mulher está preparada para assumir as responsabilidades que o marido deixou. Não são poucas as famílias que se aproximam da miséria.
É verdadeira a afirmação de que a Igreja está sempre apenas a uma geração de se extinguir.
Entretanto, nunca tivemos notícia, até hoje, de algum filho de mártir que tenha se rebelado contra Deus por causa da morte de seu pai. Ouvimos, sim, sobre lágrimas, tristeza e até traumas causados pela perda. Mas, quando o luto passa, colhem-se os frutos fertilizados testemunho do mártir. Geralmente, os filhos querem ser corajosos como seus pais um dia foram.
A Igreja em extinção
Segundo: a criança é indefesa. Nesse episódio com os discípulos, Jesus se levantou para proteger os pequenos. Foi ele quem falou em nome das crianças, uma vez que elas não têm condições de falar por si mesmas. Quando olhamos para as crianças de toda a Igreja, devemo-nos sentir responsáveis por elas e protegê-las, como o Mestre fez. Há pelo menos duas razões para isso:
Em primeiro lugar, porque é dever do cristão, como parte do Corpo, zelar por ele. Somos ensinados, pela Palavra, a exortarmo-nos mutuamente. Não é raro excluirmos as crianças desse tipo de atividade. Como vimos elas têm algo a nos ensinar, e suas ações singelas servem de exortação aos cristãos de todas as idades.
Em segundo lugar, as crianças ainda são o futuro da Igreja. É verdadeira a afirmação de que a Igreja está sempre apenas a uma geração de se extinguir. É da atual Igreja a responsabilidade de deixar sucessores. E, pensando nas implicações universais que isso tem, concluímos que, em algumas regiões do planeta a Igreja corre um risco maior de vir a se extinguir! A esperança é realmente investir nas crianças.
E você?
Longe do Paquistão, Egito ou Colômbia, nós, brasileiros, temos sim como contribuir para que isso aconteça. Podemos ajudá-las por meio da oração. Pense: em que tipo de mundo você gostaria que seu filho vivesse? Em um mundo onde ele corre perigo de seqüestro a cada instante? Claro que não. Por que não desejar o mesmo para as crianças da Igreja Perseguida? Vá além do mero desejar — lute por esse mundo de fato, por meio da oração! Nossa oração chega rapidamente a esses lugares nos quais talvez nunca estejamos. Oremos pelo ambiente em que essas crianças vivem. Pelo fim da perseguição. Pela existência de pessoas que compreendam a importância dos pequeninos na obra do Senhor — não apenas no futuro, quando serão os líderes da Igreja, mas no presente, quando nos ensinam por meio de sua simplicidade.
Outra forma de auxiliar é fortalecendo a fé que as crianças têm. Ensina a criança no caminho em que deve andar, disse Salomão. Que, onde estivermos, estejamos dispostos a investir no aprendizado infantil. Que não seja por falta de interesse nosso que os pequeninos se desviem. Que as crianças da Igreja Perseguida, em especial, recebam de nós o suporte para que sua fé se fortaleça e floresça no tempo oportuno.
CONHEÇA ALGUMAS HISTÓRIAS
AMEAÇA CUMPRIDA
Elina Das tem apenas 13 anos. Em maio deste ano, quando se dirigia ao banheiro que fica do lado de fora de sua casa, ela foi seqüestrada e estuprada por cinco muçulmanos. Seu pai, o pastor Motilal Das, acredita que o que aconteceu foi o cumprimento das ameaças que vinha recebendo dos extremistas, que exigiam que ele deixasse de pregar o evangelho numa pequena vila no interior de Bangladesh*. Elina, que já sofria a zombaria dos colegas muçulmanos por ser cristã, agora tem de enfrentar os olhares e os comentários que parte da comunidade faz a respeito da “perda de sua honra”. Ela tem tentado se recuperar do trauma, procurando levar uma vida normal e o que mais deseja é esquecer tudo que lhe aconteceu.
*Bangladesh ocupa a 45° posição na Classificação de países por perseguição 2010 da Missão Portas Abertas. Em 2008 quando o artigo foi publicado na Revista Portas Abertas, Bangladesh ocupava a 48º posição.
FUGA MILAGROSA
Por uma triste experiência no ano passado. Ele tinha 13 anos de idade quando foi seqüestrado por fundamentalistas muçulmanos, que tentaram convertê-lo à força ao islamismo. Ao contrário do que costuma acontecer a muitas crianças cristãs que sofrem o mesmo tipo de seqüestro naquela região, Victor conseguiu escapar do cativeiro, onde ficou detido por quatro meses. A fim de protegê-lo, a família mandou Victor para outra cidade. Lá, ele passou a freqüentar a escola dominical. Os pais do menino não se cansam de agradecer a Deus e a todos os irmãos que oraram pela libertação de seu filho.
*A Nigéria ocupa a 27° posição na Classificação de países por perseguição 2010. Em 2008 o país ocupava a 32º posição.
“PAPAI FOI PRO CÉU”
George, três anos, Wisam, dois, e Sama, de oito meses, são filhos de Rami e Pauline Ayyad. Infelizmente, essas crianças irão crescer sem conviver com o pai, morto em dezembro do ano passado, durante um ataque à livraria cristã onde trabalhava na Palestina*. A jovem viúva, que estava grávida da filha mais nova quando perdeu o marido, fez questão de dar à caçula o nome Sama, que em árabe significa “céu”, porque é o lugar onde o pai dela está. A família conta agora apenas com o apoio da pequena comunidade cristã em Gaza e das orações de seus irmãos em Cristo espalhados pelo mundo.
*A Palestina ocupa a 46° posição na Classificação de países por perseguição 2010. Em 2008, a Palestina ocupava 42º posição.
NOTA AMIGOS DE ORAÇÃO
Os três países aqui citado tiveram mudanças de 2008 para 2010 de acordo com a Classificação elaborada pela Missão Portas Abertas. O artigo publicado no Blog Amigos de Oração é de 2008.
ANALISE
A Missão Portas Abertas trabalha com 50 países. Na Classificação que apresenta a posição desses 50 países, entendemos que quanto mais perto o país estiver da primeira posição, mais difícil é vida de um cristão naquele lugar. A Coreia do Norte lidera há alguns anos a primeira posição e lá é considerado o pior lugar para um cristão viver.
POSIÇÃO DOS TRÊS PAÍSES ACIMA
Bangladesh
Posição: 48º em 2008
2010: Ocupa 45º posição
> Subiu 03 posições.
Nigéria
Posição: 32º em 2008
2010: Ocupa 27º posição
> Subiu: 05 posições.
Palestina
Posição: 42º em 2008
2010: Ocupa 46º posição
> Caiu: 04 posições.
Deus nos abençoe.
Fonte: Projeto AMIGOS/ Revista Portas Abertas
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